domingo, 13 de abril de 2008

Da inteligência II

Um dos textos que mais nos marcou, foi aquele que lemos da autoria de Witold Gombrowicz – Cuanto más inteligente se es, más estúpido. In: GOMBROWICZ,W.; DUBUFFET, J. Correspondencia. Barcelona: Anagrama, 1971.
Este texto influenciou, sobremaneira, a nossa compreensão sobre a temática da inteligência, iniciada no post de 12 de Abril. Propomo-nos, neste post, a oferecer a nossa interpretação acerca desse texto, com tão sugestivo titulo, e a adapta-lo para a actualidade.
Nos tempos em que vivemos, em plena era da globalização, a grande preocupação das instituições consiste em “especializar” o conhecimento, em “refinar” a nossa inteligência. Cada vez, é maior a difusão de revistas especializadas de determinado tema, ou área da cultura – o snobismo prolifera cada vez mais. Tendemos a perder as nossas raízes, a nossa cultura característica. Porém, não nos devemos esquecer que a especialização em demasia, pode acarretar consequências, tais como a estupidez.
Como dizia Gombrowicz “Cuanto más inteligente se es, más estúpido”. Ele sustentava esta afirmação, com a seguinte base argumentativa: Se a nossa inteligência, actualmente, se direcciona apenas para as áreas do saber dito “elevado”, “erudito”, o nosso cérebro começa apenas a conseguir filtrar esse conhecimento, deixando passar todo o outro conhecimento, quais grãos de areia fininhos, contribuído assim para a nossa estupidificação. Resulta daqui, que, pensando nós, que nos estamos a “cultivar”, estamos é a estupidificarmo-nos. É necessário darmos atenção a todos os aspectos do saber, não só os institucionalizados, mas também, todos aqueles que sensibilizem o nosso ser. Devemos fugir das hierarquias, dos catálogos.

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