domingo, 13 de abril de 2008

As tuas cartas


Das cartas que de ti eu tenho tido
Ultimamente, só são duas linhas
Mas não julgues por lá que estou sentido
Porque eu também sei ler nas entrelinhas,

Quantas saudades há nessas cartinhas!
Quanto poema belo aí contido!
Quanto chorar que até essas mãozinhas
Escrevem sempre tudo tão tremido

Depois das cartas tuas bem reler
Marejam-se-me os olhos sem querer,
Nunca podendo escrever linha alguma!...

Perdoa se te ofendo meu amor!
Mas olha: talvez seja bem melhor
Que não me mandes mais carta nenhuma!

António Fernando Rodrigues Lemos Quintela

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