Blog, Total freedom?

Como sabem – quando os blogs surgiram, «o povo» teve a efectiva possibilidade de se emancipar do sistema opressor dos mass media, do monopólio dos meios de comunicação (...). Como se recordam em 1998/1999 surgiu o primeiro blog no nosso pequeno Portugal. Nesse tempo os blogs estavam [naturalmente] desacreditados [não passariam de um fenómeno efémero] não tinham quaisquer relevância social, sendo marginalizados pelo sistema. Quando Pacheco Pereira em 2003 cria o seu blog [http://www.abrupto.blogspot.com o] fenómeno ganha relevância, um intelectual da nossa praça a escrever um blog!!!. O abrupto trouxe uma certa respeitabilidade ao mundo dos blogs, deu-lhes ânimo e impulso de que tanto careciam e, muitos mais foram criados por figuras públicas, sendo hoje um importante meio de comunicação/informação/interacção, whatever.
Hoje em dia a Internet está acessível a toda a população, toda a população pode dispor facilmente desta. Do rico ao pobre, do erudito ao leigo, etc. Aqui está o risco que foi apontado por muitos no advento deste fenómeno da social web, o do analfabetismo informático – o de proporcionar um maior grau de ilicitudes asseguradas por uma grande sensação de segurança [Hugo Daniel Lança Silva].
Em muitos blogs é esta a tendência. Criados por diversas ordens, muitos têm claramente o propósito de enxovalhar terceiros, não tendo estes na maior parte das vezes possibilidades de se defenderem. Diversos problemas emergem destas / outras situações, problemas estes que não serão tratados aqui, nem é este o nosso propósito.
No conforto do lar qualquer um pode livremente criar um blog ou comentá-lo, com uma grande sensação de segurança, sem que haja qualquer controle. De uma forma anónima, com um pseudónimo, etc. Podendo assim, livremente, utiliza-lo da forma como bem entender, Ad infinitum.

Mas, por isto, não acaba o Mundo! Por enquanto basta que os cibernautas mantenham a sua conduta inalterada na Internet. Acabando a liberdade começa a libertinagem…