sexta-feira, 11 de abril de 2008

As oportunidades

I. Profs:
Se a escola fosse “séria” os professores seriam “sérios” – os professores fazem-se na escola (…).Manifestações, será que os professores defendem alguma escola? Não será que apenas defendem os seus interesses? Será que não entendem que o sistema entrou em colapso, muito por sua culpa. Para defesa dos seus interesses corporativos porque não começam por criticar o sistema de acesso ao ensino superior público, não será daí que vêm todos os problemas? Não aceitam que a sua classe profissional está proletarizada? Não acompanham o evoluir dos tempos? Não serão condicionados pelos sindicatos?
Muitos contribuem para a ilusão dos jovens, levando muitos deles “ao colo”, passando-os sempre de ano. Esses jovens formar-se-ão e irão reclamar por uma profissão, profissão essa que num regime sério nunca almejariam. Muitos deles serão profs, continuando…

II. O Estado:
O Estado deve garantir, como garante, um acesso universal e tendencialmente gratuito ao sistema de ensino. Daí não se deve retirar a ideia que todos que a frequentam devem ter aprovação (…). Os seres humanos são (devem ser) todos iguais independentemente da classe social em que se originam, existem filhos de proletários com interesse em estudar, existem filhos de “burgueses” sem interesse em estudar e, vice-versa. Que se criem as condições na escola para que os mais desfavorecidos estejam em pé de igualdade com os mais favorecidos tudo bem! Agora, direccionar a escola para que todos sejam aprovados, mesmo sem mérito é que não…
Muitos chegam à escola com certas necessidades especiais, à escola compete colmatá-las, para se realizar uma efectiva igualdade material. Tudo bem. Mas, nunca perdendo de vista o mérito.
E, está claro, as pessoas não têm todas as mesmas capacidades, há bons e maus, como em todo o lado…
Quem não tem capacidade para estudar e/ou, não tenha interesse, e isso não possa ser imputado directamente a um professor ou à escola, deve, abandonar a escola ou serem-lhe propostas outras vias. O ensino técnico – profissional é uma boa solução.
Sempre existiram classes sociais, as classes sociais são mesmo o que originam o Estado. A Constituição, que se saiba, não garante graus de escolaridade a todos. Garante-lhe os meios. Os professores, está claro, devem ensinar, quem não quer ou não consiga, deve procurar alternativas. Tudo isto é óbvio.

III. (Ainda mais) oportunidades:

Novas oportunidades. Oportunidades, oportunidades. Decerto muitos nunca tiveram oportunidades, outros, as tiveram em demasia…
É inadmissível que, em três meses, se possa obter o diploma do 9º ano ou até do 12º.
Com meia dúzia de trabalhos feitos no Word, ou algo do género. Para que servirão os computadores com banda larga? Para estudar? Para ver pornografia? you tube?
O que aprendem?
Será que a escola só serve para a aprendizagem de “matérias”? Será que a escola não serve para formar uma pessoa “para a vida”, cidadania, etc.? Como, em três meses o Estado concede um diploma? Não se entende….

1 comentário:

Paulo disse...

Um diploma que os seus detentores exibem de forma ostensiva perante os que fizeram um percurso escolar dito "normal". Dizem, até, que são génios pois fizeram em três meses o que os os outros fizeram em uma década.
Afinal esta forma de "sacar" diplomas já não causa grande censura...devido aos exemplos subejamente conhecidos...
Abraço
Paulo

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